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Commander X começou na Banda do Cidadão

No artigo do New Yorkers, “The Masked Avengers” (Vingadores de Mascara), foi colocada uma cara nos Anonymous. Sim, aquele grupo de hacktivistas que incitou vigilância online pelo mundo inteiro. A cara é a de Christopher Doyon, um activista de 80 anos que se envolveu nas décadas mais recentes no hacktivismo dos Anonymous, também aí conhecido por Commander X.

O artigo começa por relatar a história de vida de Christopher que iniciou a sua atividade na primeira rede social que foi a banda do cidadão:

Na segunda metade da década de setenta, quando Christopher Doyon era criança numa zona rural do Maine, passava horas a conversar com desconhecidos através do rádio CB. O seu nome de utilizador era Big Red, devido ao seu cabelo vermelho. Transmissores cobriam as paredes do seu quarto e ele convenceu o pai a instalar duas antenas direcionais no telhado da casa. O rádio CB estava associado principalmente a camionistas, mas Doyon e outros utilizavam-no para criar uma espécie de comunidade virtual que mais tarde surgiria na Internet, com alcunhas escolhidas por si mesmos, piadas internas e um desejo sincero de provocar mudanças.

A mãe de Doyon faleceu quando ele era criança e ele e a sua irmã mais nova foram criados pelo pai, que ambos afirmam ter sido fisicamente abusivo. Doyon encontrou consolo e um sentido de propósito na comunidade do rádio CB. Ele e os seus amigos revezavam-se para monitorizar o canal de emergência local. O pai de um dos amigos comprou uma luz giratória e colocou-a no teto do carro; quando os rapazes ouviam um pedido de socorro de um automobilista em apuros, ele levava-os até ao lado da estrada. Não havia muito que pudessem fazer além de oferecer ajuda para chamar o 911, mas a aventura fazia-os sentir-se heróis.

Pode ler o artigo completo aqui: New Yorker

Como espécie de símbolo de sua liberdade, X publicou seu primeiro livro, intitulado Behind the Mask, o primeiro a dar um passo adiante no registro da história do Anonymous. Por mais que estejamos acostumados com vozes esporádicas do coletivo se pronunciando pela internet, muitas vezes as ouvimos por meio de filtros limitados, como vídeos curtos e por vezes atrás das grades.

O livro de X é a antítese do que se espera do Anonymous: é intimista, cheio de si e autodepreciativo, dando ao leitor uma visão única e em primeira pessoa, uma perspectiva completamente incompreensível para quem não é hacker.

 

Pode saber mais sobre os Anonymous e Commander X visualizando o video abaixo:

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Experiência em CB e Arduino. Participativo e dedicado.

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